terça-feira, agosto 05, 2008

A la mesa y a la cama solo una vez se llama

Pois então... não vou escrever sobre Olimpíadas não. O que tinha pra dizer, já disse abaixo, quase que em tom profético e veja bem... melhor parar por aqui e repetir meus votos de que a paz prevaleça!!! E muito boa sorte aos meus países de coração!! Sim, cada um na sua, claro!!

Mudando de assunto...

Hj fui a um evento bem legal na Casa de Cariris. O que era?

Lingerie de mesa* da cozinheira atrevida, com direito a comidinhas e bebidas mexicanas. Delícia!!

O lugar é especial, uma casa mexicana, com ceretza, que transpira arte, amor ao México, criatividade, enfim, vida e alegria. Latinidade pura!!

No evento havia alguns objetos trazidos do México (pulseiras, colares, reproduções de peças precolombianas, caveirinhas de papelão...) e coisas de cozinha bem criativas e originais.

Fiz comprinhas básicas, claro!! Comprei um avental bordado em pérolas (lindo) e um jogo americano rosa com babados de tule que é um espetáculo!!!

E como o evento era mexicano, havia bastantes caveirinhas e outros símbolos relacionados à morte.

Confesso que o fascínio mexicano pela morte sempre me intrigou, mas hj, acho que desvendei o mistério.

Como alguns sabem, sou a rainha das perguntas. Como pergunto... OhMyGod!! Se não sei, pergunto. Se me intriga, pergunto. E assim sigo, perguntando e perguntando. Então, resolvi perguntar:

- Por que vcs gostam tanto da morte? E eis a resposta: - E pq vcs têm tanto medo da morte?

Pois é, boa pergunta? Retórica!

Pois bem, é o seguinte, o dia dos mortos, ou melhor, dia de finados, é em novembro. Certo?

De novo, aqui aparece a questão dos antigos festivais pagãos.

Um pouquinho de história...

As transformações do ciclo energético da natureza, manifestadas pela variação das estações influenciam as nossas vidas. É a Roda do Ano, do Renascimento.

Estas celebrações são um meio pelo qual os adoradores saudam e comungam com os seus Deuses e Deusas ao mesmo tempo que se alinham ou sintonizam com o fluxo energético das estações que fazem parte do ciclo da Natureza (Roda do Renascimento). Estas práticas de comemoração dos festivais, aliadas ao estudo, ajudam a criar as condições ideais ao real aprendizado e crescimento espiritual. Acredita-se que, harmonizando-se com as forças naturais de cada estação, é possível equilibrar a existência psíquica e física transmitindo assim harmonia às nossas vidas.

Pela tradição dos povos antigos, a noite de 31 de Outubro a 1 de Novembro é a noite do Samhain (literalmente, fim do verão, na língua celta / sem sol), marca tanto o fim, quanto o início do ano novo. O fim do verão era considerado o ano novo para os celtas. A título de curiosidade, esta época tbém corresponde ao Ano Novo judaico.

A noite é mais longa (lembrando que o referencial aqui é o hemisfério norte!!) e na escuridão da noite é chegado o momento de entrarmos e trabalharmos no mundo das sombras, das memórias e de recordar e contactar as almas dos antepassados. O frio da primeira respiração de inverno, no hemisfério norte, envolve a Terra que se recolhe. Este é o momento propício para nos recolhermos dentro de nós mesmos, para refletir e desenvolver as nossas habilidades divinatórias e psíquicas.

Os antigos Celtas, e muitas tradições Pagãs , consideram este dia a Véspera do seu ano novo. É a noite em que as barreiras entre os mundos da vida e da morte se tornam finas como véus e permitem às almas atravessá-las mais facilmente para caminhar entre os vivos e festejar com os seus familiares ainda vivos. Esta é também a noite em que o Deus Céltico Mac de Mansnnon Lir organiza a festa da Velhice.

É o momento de nos sintonizarmos com os que já partiram, enviando-lhes mensagens de amor e harmonia. É um momento de celebração, de alegria. A cor é o negro e o principal símbolo, a maça, que representa a vida eterna.

Na tradição Ibérica honram-se os antepassados, agradecendo-lhes a vida e encaminham-se as almas.

Pois bem, nas vésperas do 2 de novembro, nos cemitérios do México (como em vários outros lugares do mundo!), celebra-se o Dia dos Mortos, uma das festas mais peculiares do país, um tributo católico-indígena à morte.

Resumindo, a história é mais sobre a chegada do inverno, qdo o frio acaba com tudo. Isto é o que vem da parte indígena da celebração, remanescente das antigas tradições pagãs.

E aí junta tudo com a tradição católica (que na verdade é uma modificação da velha tradição pagã, remodelada aos moldes católicos...), resultando neste belo (e para mim não mais enigmático!!) culto à morte. Uma verdadeira festa.

A históaria toda é bom bonita, cheia de detalhes ricos, mas ando meio preguiçosa...

É isso por hoje. Bisous.

*De mesa ou da cama, mesmo suporte, mesmas fantasias, a la mesa y a la cama solo una vez se llama.

Nenhum comentário: